Ascensão do Senhor: O Triunfo de Cristo e a Promessa da Vida Eterna
A Solenidade da Ascensão do Senhor celebra, na tradição cristã, o retorno glorioso de Jesus Cristo ao céu, quarenta dias após a sua Ressurreição, conforme o testemunho dos Atos dos Apóstolos: “…foi elevado ao céu à vista deles e uma nuvem o ocultou a seus olhos” (At 1,9). Desta forma, a Ascensão marca a consumação do ministério terreno de Cristo e inaugura a sua exaltação à direita do Pai, como intercessor e Rei glorificado (cf. Hb 1,3; Ef 1,20-23).
Fundamentos Bíblicos e Doutrinários
A Ascensão é atestada, além dos Atos dos Apóstolos, no Evangelho segundo Marcos: “Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus” (Mc 16,19) e no Evangelho de Lucas (Lc 24,50-53). Teologicamente, o evento revela a plena glorificação da humanidade assumida pelo Verbo, elevando a natureza humana à comunhão definitiva com Deus.
Neste sentido, o Catecismo da Igreja Católica afirma que “a Ascensão de Cristo marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus” (CIC, n. 665) e que Ele “exerce doravante a sua função de intercessor junto do Pai em nosso favor” (CIC, n. 667).
Dimensões Litúrgicas e Espirituais
Liturgicamente, a Ascensão é celebrada com grande solenidade, evidenciando a esperança escatológica dos cristãos: onde Cristo foi, a humanidade redimida também é chamada a ir. Como ensina São Leão Magno: “A Ascensão do Cristo é a nossa elevação” (Sermão 73).
Por sua vez, a Ascensão também nos prepara para a vinda do Espírito Santo. Afinal, Jesus foi elevado aos Céus, mas não nos deixou órfãos. Outrossim, prometeu que nos enviaria o Paráclito e Este assistiria a Igreja até o fim dos tempos.
Aqui na Catedral, em conjunto com a Solenidade da Ascensão do Senhor, tivemos a abertura da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Ainda, caso queira adentrar ainda mais neste mistério de amor, da confirmação de que nosso Senhor está a direita do Pai, leia o artigo escrito pelo nosso Padre Ari.