Para nós, católicos, a Quarta-feira de Cinzas marca o início do tempo litúrgico da Quaresma — um período sagrado de quarenta dias que nos prepara para a celebração da Páscoa, o coração de nossa fé. Neste dia, somos convidados a uma profunda experiência de conversão e renovação interior, lembrando que “somos pó e ao pó havemos de voltar” (cf. Gn 3,19).
O rito da imposição das cinzas, traçadas em forma de cruz sobre nossa fronte, é um gesto simbólico que expressa nossa fragilidade humana, mas também nossa esperança no amor misericordioso de Deus. Não é um sinal de condenação, mas de confiança: Deus nos chama a recomeçar, a deixar-se transformar pela graça e a trilhar o caminho da santidade.
A Quarta-feira de Cinzas também inaugura, no Brasil, a Campanha da Fraternidade, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A cada ano, a Igreja nos propõe, por meio dessa campanha, um tema que ilumina nossa vivência da fé e suscita ações concretas em prol da justiça, da paz e do bem comum. Assim, a conversão quaresmal se desdobra não apenas em práticas pessoais — como o jejum, a oração e a esmola —, mas também no compromisso social com os irmãos e irmãs, especialmente os mais vulneráveis.
Este é um tempo propício para silenciar o coração, contemplar a misericórdia de Deus e permitir que o Espírito Santo nos conduza a uma vida mais plena no amor. Como Igreja, caminhamos juntos, sustentados pela esperança pascal, na certeza de que a cruz não é a última palavra, mas sim a vitória da vida que renasce em Cristo Ressuscitado.
Que a Quarta-feira de Cinzas seja, para todos nós, um convite sereno e firme à conversão, à solidariedade e ao testemunho alegre do Evangelho.
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Quarta-feira de Cinzas na Catedral












