Catedral de Passo Fundo

Eco da Palavra: reflexões sobre o Evangelho Dominical com o Padre Ari

Indicação de leitura

📘 Artigo indicado: Os discípulos missionários: peregrinar de esperança
✍️ Autor: Padre Ari Antônio dos Reis
🌐 Publicação: Site da Arquidiocese de Passo Fundo (link abaixo).
Discípulos missionários: peregrinar de esperança

O trecho do Evangelho segundo Lucas 10, 1-20,  proposto para o 14º Domingo do Tempo Comum, oferece uma leitura singular do discipulado e da missão, destacando o envio dos setenta e dois discípulos missionários — um dado exclusivo da tradição lucana.  Desta forma, este número simbólico representa a universalidade da missão cristã, que transcende fronteiras étnicas e culturais, indicando o chamado de todos os povos à experiência do Reino de Deus.

Neste sentido, O Evangelho que traz a visão e a escrita de São Lucas, ao mencionar os setenta e dois discípulos e as mulheres que seguiam Jesus (Lc 8,1-3), amplia a compreensão do discipulado, evidenciando que o seguimento de Cristo não está restrito aos Doze, mas se estende a todos os que se colocam a caminho com Ele. A missão, nesse contexto, é expressão concreta do aprendizado: o discípulo, ao ser enviado, torna-se apóstolo — aquele que, despojado de si e sustentado pela confiança em Deus, anuncia com palavras e gestos a proximidade do Reino.

Por isso, a lógica do envio “dois a dois” manifesta não apenas um princípio de organização, mas também uma eclesiologia da comunhão e do testemunho compartilhado. Afinal, o missionário é um peregrino da esperança, sinal da presença de Cristo, portador de cura, consolo e libertação, mesmo em meio às adversidades.

Além disso, Jesus não promete facilidades: ao contrário, é claro ao dizer que serão como “cordeiros entre lobos”, indicando a tensão entre a proposta do Evangelho e os desafios do mundo.

Ainda, faz-se necessário entender que a missão possui,  um caráter escatológico: quem acolhe os enviados, acolhe o Reino que se faz presente na caridade e na misericórdia. Quem rejeita, rejeita o próprio Cristo. Contudo, o foco não está no êxito humano, mas na alegria da fidelidade, que garante aos discípulos a inscrição de seus nomes no céu (cf. Lc 10,20).

Por fim, o texto reforça que a missão nasce da iniciativa divina e é sustentada pela oração e pelo despojamento. Portanto, 0s verdadeiros discípulos missionários não apenas aprendem do Mestre, mas O representam, tornando-se sinal visível do Reino. Portanto, ao setenta e dois regressarem, estes estão amplamente transformados: experimentaram não só o desafio da missão, mas também a graça que a acompanha.

📖 Para ler este artigo na íntegra, por favor, acesse: Os discípulos missionários: o peregrinar da esperança

Esperamos que essa leitura ilumine seu caminho e aprofunde sua fé.